sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Hipocrisia
Na opinião da professora Joana D´Arc, eu fui indecente e Imoral, pois, fui expulso da escola aos 15 anos de idade, roubei e cheguei a gerenciar uma boca de fumo. Aos dezesseis anos troquei a caneta por uma pistola 380 e até os 20 não tinha ainda pegado uma obra literária para ler. Mais, foi depois que li o "Capão Pecado" que a minha vida se transformou; Comecei a frequentar bibliotecas, a Mário de Andrade e a da Casa do Zezinho foram uma delas, onde conheci obras de Machado de Assis, Eça de Queiróz, Fernando Pessoa, Marcelo Rubens Paiva, José Saramago, Lobo Antunes, Walt Witman e muitos outros. Larguei a Criminalidade, as drogas e voltei a estudar, entrei para a Faculdade e lecionei durante três anos no colégio do qual fui expulso. Identifiquei-me tanto com a obra que a trabalhei com alguns alunos, que assim como eu, também nunca tinham pegado um livro para ler. Será que os meus alunos e eu nos identificaríamos caso não houvesse gírias, se não houvesse e os palavrões que há muito se incorporaram em Nossa Língua Portuguesa Informal? O cinema Nacional, por exemplo, são pouco os filmes que não tenham palavras "chulas" o que vocês acharam de Cidade de Deus e o Filme Tropa de Elite que foram reconhecidos internacionalmente? Será que nossos filhos deixaram de ir ao cinema por causa dos palavrões? Será que eles chegaram em casa proferindo-os? Acredito que não, senhores. Acredito que não são os palavrões proferidos da boca de uma mera personagem que influenciará na educação dos nossos filhos, mas sim o que eles assistem na tevê, as "asneiras" que eles ouvem no rádio e além de tudo, a dinâmica familiar que ela participa dentro de casa diariamente. Um professor disse que, se o aluno for à biblioteca, ele terá a opção ou não de ler esta obra. Ora, sabemos que não é esta a realidade, e que muito raramente vemos jovens de 15 anos frequentarem a Biblioteca. Segundo a empresa de consultoria NOP WORLD, consultada no site bbcbrasil.com entre 30 nações pesquisadas o Brasil é o 27º do ranking em leitura com a média de 5,2 horas. Pensando que a Índia ficou em 1º lugar com 10,7 horas de leitura. Será que estamos falando do mesmo Brasil, professor? Para algumas pessoas do Estado de MG o material - Capão Pecado - pode ter chegado atrasado, mas, para mim, chegou na hora certa, pois resgatei meu sonho e escrevi um livro que se chama Zona de Guerra. Acredito, caros amigos, que se os nossos filhos chegarem a nos desconfortar por causa de um palavrão, é porque a educação que eles estão recebendo dentro de casa não está sendo eficiente. Eu tenho uma sugestão; o que acha, professor, de acabarmos com as obras do escritor Jorge Amado, com as Letras de Chico Buarque, com o Cinema Brasileiro, com algumas novelas brasileiras - cenas de sexo - e proibir o Roberto Carlos de cantar " e que tudo mais vá pro inferno"? Viva a Ditadura!!!!!!
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sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Hipocrisia
Na opinião da professora Joana D´Arc, eu fui indecente e Imoral, pois, fui expulso da escola aos 15 anos de idade, roubei e cheguei a gerenciar uma boca de fumo. Aos dezesseis anos troquei a caneta por uma pistola 380 e até os 20 não tinha ainda pegado uma obra literária para ler. Mais, foi depois que li o "Capão Pecado" que a minha vida se transformou; Comecei a frequentar bibliotecas, a Mário de Andrade e a da Casa do Zezinho foram uma delas, onde conheci obras de Machado de Assis, Eça de Queiróz, Fernando Pessoa, Marcelo Rubens Paiva, José Saramago, Lobo Antunes, Walt Witman e muitos outros. Larguei a Criminalidade, as drogas e voltei a estudar, entrei para a Faculdade e lecionei durante três anos no colégio do qual fui expulso. Identifiquei-me tanto com a obra que a trabalhei com alguns alunos, que assim como eu, também nunca tinham pegado um livro para ler. Será que os meus alunos e eu nos identificaríamos caso não houvesse gírias, se não houvesse e os palavrões que há muito se incorporaram em Nossa Língua Portuguesa Informal? O cinema Nacional, por exemplo, são pouco os filmes que não tenham palavras "chulas" o que vocês acharam de Cidade de Deus e o Filme Tropa de Elite que foram reconhecidos internacionalmente? Será que nossos filhos deixaram de ir ao cinema por causa dos palavrões? Será que eles chegaram em casa proferindo-os? Acredito que não, senhores. Acredito que não são os palavrões proferidos da boca de uma mera personagem que influenciará na educação dos nossos filhos, mas sim o que eles assistem na tevê, as "asneiras" que eles ouvem no rádio e além de tudo, a dinâmica familiar que ela participa dentro de casa diariamente. Um professor disse que, se o aluno for à biblioteca, ele terá a opção ou não de ler esta obra. Ora, sabemos que não é esta a realidade, e que muito raramente vemos jovens de 15 anos frequentarem a Biblioteca. Segundo a empresa de consultoria NOP WORLD, consultada no site bbcbrasil.com entre 30 nações pesquisadas o Brasil é o 27º do ranking em leitura com a média de 5,2 horas. Pensando que a Índia ficou em 1º lugar com 10,7 horas de leitura. Será que estamos falando do mesmo Brasil, professor? Para algumas pessoas do Estado de MG o material - Capão Pecado - pode ter chegado atrasado, mas, para mim, chegou na hora certa, pois resgatei meu sonho e escrevi um livro que se chama Zona de Guerra. Acredito, caros amigos, que se os nossos filhos chegarem a nos desconfortar por causa de um palavrão, é porque a educação que eles estão recebendo dentro de casa não está sendo eficiente. Eu tenho uma sugestão; o que acha, professor, de acabarmos com as obras do escritor Jorge Amado, com as Letras de Chico Buarque, com o Cinema Brasileiro, com algumas novelas brasileiras - cenas de sexo - e proibir o Roberto Carlos de cantar " e que tudo mais vá pro inferno"? Viva a Ditadura!!!!!!
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