A fila do cinema estava enorme, dava quase duas voltas no pipoqueiro. Soltei a mão de minha namorada e fui comprar um sorvete para passar o tempo. Não sei se devo amaldiçoar aquele momento ou se devo dar graças ao Pai Celestial.
Sai duma fila para entrar noutra embora a do sorvete estivesse menor eu não gostei nada do que vi; a mulher que mais amei neste mundo sorria ao lado de outro. Fiquei sem ação, não sabia se partia pra cima do cara , se chorava, se corria, se gritava...
Uma vertigem se apossou de mim de tal maneira que meus pensamentos tornaram-se uma poça de lembraças, uma nuvem negra passou por minhas vistas, não enxergava nada e ninguém que não fosse os dois, senti uma fisgada no peito e senti que cairia se não me sentasse na cadeira que estava ao meu lado, baixei a cabeça e ali fiquei.
Como ela estava linda, seus cabelos ainda continuavam sedosos e seu perfume não mudara, suas mãos macias e delicadas agora possuiam, em um dos dedos, uma bela aliança, seu rosto era de mulher crescida, porém, não perdera a expressão de menininha no sorriso.
Momentos de felicidades tumultuaram minha mente fazendo bailar em meus lábios um sorriso-choroso.
Seria ela feliz? Torcia para que sim. Perguntas como estas envolveram-me num desespero fulminante, tentei levantar mas minhas pernas pareciam estar pregadas no solo, olhei para ela e notei que agora estava calada, não sorria como fazia a alguns minutos atrás, será que me vira? Não sei.
Quando nos conhecemos, ela era apenas uma garotinha de dezessete aninhos, eu, um cavalo de vinte e três. Apesar da diferença etária ser gritante éramos felizes e parecia que nada nos atingiria, nada no mundo nos separaria, pois, achava eu que aquilo que ela demonstrava sentir por mim era amor, que ingenuidade minha, onde já se viu uma garota de dezessete anos saber o que é amar.
Quantas vezes dissera que me amava, que não viveria sem mim, que eu era o amor eterno de sua vida? Inúmeras foram as vezes. Agora, olha lá onde ela está; envolvida nos braços de outro. Aprendi, com este relacionamento, que não se deve amar somente com palavras, amar é mais que dizer “amo você”. Amar é querer que o outro seja feliz independente se você estará ou não, amar é querer estar juntinho em todos os momentos, sejam eles bons ou ruins, amar é saber ouvir e compreender, amar é desejar a liberdade do outro para que juntos possam conquistar o Universo...
Queria neste momento explicar o que eu sentia por aquela pequena, mas quem foi que disse que o amor é para ser explicado? O amor é para ser sentido, vivido. Quisera uma vez, quando criança, voltar no tempo para resgatar tudo aquilo que deixei de fazer, tudo aquilo que impedi que acontecesse mas, naquele instante, eu não queria voltar, não, afinal, realizei com ela sonhos que jamais imaginei que um dia pudesse realizar; estar apto a amar, voltar a sorrir, ser feliz, mesmo que tenha sido por instantes, foi um dos sonhos que realizei.
Por um momento o namorado dela saiu, e nossos olhos se encontram, os dela não tinham mais aquele brilho dantes, os meus faiscavam, não sei dizer se de felicidade ou se de tristeza, afinal, o que haviamos sentido e feito um pelo outro no decorrer de nossa história, agora, fazia parte de um passado longínguo.
Ela sorriu e acenou com uma das mãos, sentiu-se envergonhada ao notar que eu havia percebido que usava aliança, correspondi com um singelo balanço de cabeça e voltei os olhos cheios d´água para baixo. O asqueroso namorado voltou e ela o tratou com certa indiferença; não quis beijá-lo, seria por que eu estava ali? Pudera, afinal, ela sempre me respeitou. Notando minha presença ele ameaçou ir embora, ela não insistiu que ficasse e o cidadão acabou voltando. Sorri, lembrei o quão eram divertidas nossas discussões; brigávamos e depois ríamos de nossas infantilidades. Todas as pessoas, por mais velhas ou sérias que sejam, guardam um pouco de criança dentro de si, quando esta criança deixa de existir nós também deixamos. As rugas que hoje denunciam a minha idade não é sinônimo de velhice e sim de que a maturidade chegou.
A fila diminuia quando resolvi levantar e ir para outro canto, não era a minha inteção deixar o pequeno constrangido e, nem tampouco, fazê-los discutir, sou um homem pacífico, sensato, de paz com a vida e com todos, jamais me exporia ao ridículo de ficar ali e esperar aquele “moleque” vir se quixar de que sua namorada não tirava os olhos de mim...
Por um momento senti minhas pernas tremerem e se eu não fechasse a boca, talvez, meu coração sairia por ela, aquele instante mágico me fez lembrar o quanto fui feliz, o quanto amei aquela doce e simpática mulher... não, na verdade, eu não amei aquela doce e simpática mulher, afinal eu não a conhecia, amei, sim, a garota que se escondia por de trás dela, amei a garota ingênua que aquele sorriso nostálgico ocultava, amei a garota que trazia sinceridade no olhar e pureza na voz. Infelizmente aquela mulher que ali estava não era o anjo que um dia passou em minha vida, não era o anjo que, em questão de segundos, modificou meu viver...
Ao sair notei que olhos tristes ainda me fitavam, que acampanhavam meus passos solítários, talvez dentro do coração daquela senhorita ainda restasse a chama voraz da paixão.
Sorri feliz ao descobrir que não devemos, jamais, procurar nossa felicidade nos outros, pois, ela está dentro de cada um, somos nós os únicos responsáveis por sermos ou não felizes. Alegrei-me ao perceber que meu coração ainda pulsava e que não era tarde para amar novamente. Corri para a fila do cinema, onde estavam me esperando minha namorada e meu filho, dei um forte abraço nos dois e adentramos para asisitir “Deu a louca na Chapéuzinho”.
By Marcos Lopes
sábado, 19 de janeiro de 2008
Por Trás de Uma GRANDE MULHER 1º Parte
Sempre tive tudo para dar errado com as mulheres; baixinho de óculos fundo de garrafa, magricela, cabelos ruins, ou seja, sempre fui um cara feioso. Trabalhava como ajudante de pedreiro, fedia a cimento mas, nos fins de semana, me arrumava, ficava bonitinho, e saía com os colegas que, assim como eu, também eram feiosos, para gastarmos nosso dinheirinho suado do mês inteiro. As festas que nós íamos eram bem animadas, havia inúmeras garotas, uma mais linda que a outra, mas nunca deram bola para mim, talvez nunca notaram que eu existia, no fim todas saíam com caras que tinham carro, moto e além de tudo... Eram bonitos, uma qualidade que eu nunca tive, me sentia um patinho feio.Uma vez estava voltando sozinho de uma dessas festas que costumara a freqüentar, quando avistei um carro com os piscas alertas aceso, ali estava meu futuro, pressupus que estava com problemas e resolvi ajudá-lo. Após ter feito minha boa-ação noturna, consegui uma carona até minha casa, até que o camarada era legal, me disse que morava a dois quarteirões dali e que nunca havia me visto.- Deve ser por que eu saio para o trabalho cedo e só volto bem à noite – respondi, ele permaneceu em silêncio e antes que eu descesse do carro me fez um convite:- Topa ir numa festa Sábado à noite?- Claro! – respondi superempolgado.Ah!! Como aquela semana foi demorada, parecia que o tempo não passava. Na festa ele me apresentava para todos como seu parceiro, seu camarada do peito, era como se já me conhecesse á um tempão, as garotas o beijava, e por incrível que pareça, elas me beijavam também. Meus olhos se derreteram quando avistei Juliana, uma morena de cabelos sedosos e olhos de esmeralda me fascinou, meu corpo estremeceu por completo quando notei que ela se aproximava de nós, ao nos cumprimentar, senti seu hálito suave tocar em minh’alma, mas minha felicidade durou pouco, caí na real, o que me doeu foi quando ela pegou na mão do Juvenal – o amigo que me levara a festa – e saiu arratando-o para conversarem a sós.Fiquei ali, parado segurando o muro, por uns vinte minutos, e quando ele voltou, seu sorriso abanava as orelhas e, ainda pra acabar com a minha noite, veio me contar piadas:- Falei com a Juliana!- E daí?O que tenho eu a ver com isso?- Ela quer falar com você, disse que te achou mó gatinho e quer falar contigo, vai lá, homem!.Foi instantâneo, comecei a rir, mas ri tanto que lágrimas saltaram dos meus olhos, só acreditei quando aquela beldade pegou em minha mão e saiu me arrastando.- Meu Deus – pensei comigo – Se isso for um sonho que não me acorde jamais! Pela primeira vez em minha vida aquilo estava acontecendo, a não ser minha mãe e minha irmã jamais havia segurado a mão de uma garota, ainda mais, uma garota como Juliana. Finalmente estava acontecendo, sim, estava acontecendo de verdade, não era sonho não.Vou te revelar um segredo... Juliana foi a primeira e também única garota com quem fiz amor. Isso, pode rir à vontade não tem problema, não. Depois daquele dia passei a andar usando as mesmas roupas que Juvenal, desembolsei uma grana que guardava e comprei umas roupas bacanas mas, meu salário não dava para comprar tantas coisas, sapatos, relógios de marca, pra dizer a verdade, não dava nem pra comer. Fazia algum tempo que eu e a Jú estávamos saindo, ela sempre queria ir a lugares chiques como, shopping, baladas caríssimas, tinha vergonha de dizer a ela que eu era um simples ajudante de pedreiro e que não tinha tanto dinheiro assim como ela pensava. Meu pai passou a vida inteira me dizendo que tudo que vem fácil vai fácil. Meses depois abri o jogo com a Jú, passado alguns dias ela me deu um pontapé, eu estava apaixonado, me desesperei, não sabia o que fazer. Comentei com Juvenal o que aconteceu...Numa certa tarde ensolarada de Domingo, vi minha Juliana aos beijos dentro de um carro com um bonitão, eles pareciam tão apaixonados, me senti humilhado, minha vida acabara ali... Nunca mais pus a cara no trabalho, não tinha estudo, mal sabia escrever meu nome, o que eu poderia ser na vida a não ser um bandido?
Continua...
Continua...
Por Trás de uma GRANDE MULHER 2º Parte
Foi o que aconteceu. Juvenal me apresentou uns caras da pesada que tinham tudo aos seus pés, dinheiro, carro, moto, roupas, sapatos e relógios de marca, era tudo que eu precisava para ter minha querida e amada Juliana de volta.A não ser minha colher de pedreiro a pá e a enxada para virar a massa, eu nunca havia segurado uma arma antes. O dia ainda amanhecia quando Juvenal foi me pegar em casa, ali, dentro do carro, ele me deu uma arma, minhas mãos tremiam me deu vontade de descer daquele maldito carro e sair correndo para meu trabalho, procurar uma escola e quem sabe ser alguém na vida, mas... Naquele momento já era tarde, eu havia me sentenciado, assinei um contrato com o Demônio, Juvenal parecia não ter medo de nada, paramos o carro ao lado de uma viatura e ele nem se importou. Eu? Eu quase desmaiei, se pudesse desistiria.Rendemos o segurança da casa e entramos pela cozinha, até que chegamos em uma boa hora, todos estavam tomando o café da manhã, e que café, queria eu ter um banquete daquele todos os dias! Bom, uma das partes mais difíceis nós já havíamos feito, que fora entrar, pra sair não foi tão difícil assim. Já estávamos nos retirando, pelo mesmo lugar que entramos, quando o chefe da casa resolveu pegar uma faca e vir atrás de nós, eu que estava por último percebi a ação dele, virei-me rapidamente e apontei a arma na direção de sua cabeça... Juro que não foi por querer, minhas mãos estavam tremulas e... Acabei atirando contra aquela bendita alma. Que Oxalá a tenha! Juvenal não deixou que eu comprasse nada a princípio, achava que a policia poderia desconfiar e nos prender, mas não agüentei muito tempo e meses depois podia dizer que estava satisfeito, já podia andar sem camisa exibindo minhas correntes de ouro, meu relógio de dois mil e pouco reais, meus tênis com amortecedores embaixo, meu carro e sem falar nas namoradinhas que eu descolava quando saía para as festinhas. Não, eu não deixei de freqüentar as antigas, continuava indo sempre nas mesmas, mas meus antigos amigos não queriam muito contato comigo, sentiam-se ameaçados, mas quem ligava para aqueles Zé-ruelas que não pegavam ninguém? Tá vendo esta tatuagem aqui? Sim, está letra japonesa, é a inicial do nome da Jú.Algumas vezes a vi olhando para mim, outro dia até sorriu, acho que ela gosta de mim. Ela se faz de durona, mas já ouvi alguns comentários a respeito.Eu te falei que meu pai não fala mais comigo? Pois é, ele descobriu tudo, pegou uma arma e um baseado em baixo do meu colchão, homem igual aquele não existe, apesar de eu estar numa vida errada ele nunca jogou piada ou me mandou embora de casa, mas sempre deixou claro que não queria policia na porta da sua casa, eu sempre respeitei. Eu e a Jú voltamos, ela pediu que eu não ficasse com mais ninguém a não ser com ela, agora sim eu podia levá-la ao shopping, comprar todas as roupas que ela quisesse, as garotas do bairro a invejavam, queriam estar em seu lugar, eu era o REI e Juliana deixou de ser beldade para ser minha RAINHA, era coroada com as mais belas jóias, lhe dei um anel de brilhante e a pedi em casamento.Meu pai nunca aceitou uma só moeda que viesse de mim. Eu, Juvenal e os outros ambiciosos passamos a roubar cargas de cigarros, remédios... Meu Senhor Jesus! Eu nunca imaginei que um dia eu poderia ter tanto dinheiro assim. Outro dia minha mãe me disse que um daqueles Zé-ruelas iria se formar professor, o outro mané seria engenheiro, e o outro estava noivo, grande merda, respondi a ela, Tô nem aí, pra esses Zé-ruelas.
Continua...
Continua...
Por Trás de Uma GRANDE MULHER última parte
Minha vida... Isso sim que é vida, ficar o dia inteiro com a mulher que eu amo, gastando dinheiro no shopping, nos cinemas, nos parques de diversões como playcenter, Hopi-Hari e naquele ano nós iríamos, talvez, para Disney eu não queria, mas era o sonho da Jú um dia conhecer a Disneylândia, eu era o cidadão mais feliz da Terra e ela era a mulher mais feliz do universo.Hei homem, não precisa babar, não! Relaxa! Quer um café? Bom, meu último assalto... Meu último assalto foi lamentável, Juvenal morreu trocando tiros com a policia, os outros dois, quando foram presos foram encontrados enforcados na cela, dizem que eles se mataram, mas sabe como é, né? Pra ser sincero não acredito nisso. Eu fui o mais esperto, consegui escapar, sempre fui bom nas brincadeiras de esconde-esconde. Você dá risada, né seu panaca? Olha que te mando embora hein! Brincadeira, mané não precisa arregalar estes zóião, não.Meu pai... Depois que entrei para a vida errada nunca mais nos falamos, ele morreu sem que nos falássemos pela última vez, não estou chorando! Pára de me olhar assim, porra! Juliana me esqueceu, minha mãe disse que ela está com outro agora, disse que quando passa na rua nem se quer pergunta de mim, talvez já me esquecera, talvez esquecera de tudo que passamos juntos, de nossas noites nas mais belas praias, dos hotéis luxuosos ao qual fizemos amor pela primeira vez, da nossa viajem ao Walt Disney, e a aliança que eu lhe dera, será que jogou fora, será que ainda se lembra que somos noivos? Meu Deus! O que eu fiz da minha vida? Dr. Fernando me tire daqui, por favor! O Sr. é o melhor advogado que minha mãe pôde pagar, eu preciso sair deste lugar.Minha mãe disse que os Zé-ruelas conseguiram se casar, se mudaram lá do bairro, disse que o mais mané de todos comprou um apartamento para sua mãe e se casou com a filha de um promotor de justiça, o outro foi para Nova Iorque, o outro dá aulas numa Universidade renomada e o mais esperto... O mais esperto encontra-se privado de sua liberta. Ajude-me Dr. Fernando, por favor, me ajude By Marcos Lopes
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sábado, 19 de janeiro de 2008
Momento Mágico
A fila do cinema estava enorme, dava quase duas voltas no pipoqueiro. Soltei a mão de minha namorada e fui comprar um sorvete para passar o tempo. Não sei se devo amaldiçoar aquele momento ou se devo dar graças ao Pai Celestial.
Sai duma fila para entrar noutra embora a do sorvete estivesse menor eu não gostei nada do que vi; a mulher que mais amei neste mundo sorria ao lado de outro. Fiquei sem ação, não sabia se partia pra cima do cara , se chorava, se corria, se gritava...
Uma vertigem se apossou de mim de tal maneira que meus pensamentos tornaram-se uma poça de lembraças, uma nuvem negra passou por minhas vistas, não enxergava nada e ninguém que não fosse os dois, senti uma fisgada no peito e senti que cairia se não me sentasse na cadeira que estava ao meu lado, baixei a cabeça e ali fiquei.
Como ela estava linda, seus cabelos ainda continuavam sedosos e seu perfume não mudara, suas mãos macias e delicadas agora possuiam, em um dos dedos, uma bela aliança, seu rosto era de mulher crescida, porém, não perdera a expressão de menininha no sorriso.
Momentos de felicidades tumultuaram minha mente fazendo bailar em meus lábios um sorriso-choroso.
Seria ela feliz? Torcia para que sim. Perguntas como estas envolveram-me num desespero fulminante, tentei levantar mas minhas pernas pareciam estar pregadas no solo, olhei para ela e notei que agora estava calada, não sorria como fazia a alguns minutos atrás, será que me vira? Não sei.
Quando nos conhecemos, ela era apenas uma garotinha de dezessete aninhos, eu, um cavalo de vinte e três. Apesar da diferença etária ser gritante éramos felizes e parecia que nada nos atingiria, nada no mundo nos separaria, pois, achava eu que aquilo que ela demonstrava sentir por mim era amor, que ingenuidade minha, onde já se viu uma garota de dezessete anos saber o que é amar.
Quantas vezes dissera que me amava, que não viveria sem mim, que eu era o amor eterno de sua vida? Inúmeras foram as vezes. Agora, olha lá onde ela está; envolvida nos braços de outro. Aprendi, com este relacionamento, que não se deve amar somente com palavras, amar é mais que dizer “amo você”. Amar é querer que o outro seja feliz independente se você estará ou não, amar é querer estar juntinho em todos os momentos, sejam eles bons ou ruins, amar é saber ouvir e compreender, amar é desejar a liberdade do outro para que juntos possam conquistar o Universo...
Queria neste momento explicar o que eu sentia por aquela pequena, mas quem foi que disse que o amor é para ser explicado? O amor é para ser sentido, vivido. Quisera uma vez, quando criança, voltar no tempo para resgatar tudo aquilo que deixei de fazer, tudo aquilo que impedi que acontecesse mas, naquele instante, eu não queria voltar, não, afinal, realizei com ela sonhos que jamais imaginei que um dia pudesse realizar; estar apto a amar, voltar a sorrir, ser feliz, mesmo que tenha sido por instantes, foi um dos sonhos que realizei.
Por um momento o namorado dela saiu, e nossos olhos se encontram, os dela não tinham mais aquele brilho dantes, os meus faiscavam, não sei dizer se de felicidade ou se de tristeza, afinal, o que haviamos sentido e feito um pelo outro no decorrer de nossa história, agora, fazia parte de um passado longínguo.
Ela sorriu e acenou com uma das mãos, sentiu-se envergonhada ao notar que eu havia percebido que usava aliança, correspondi com um singelo balanço de cabeça e voltei os olhos cheios d´água para baixo. O asqueroso namorado voltou e ela o tratou com certa indiferença; não quis beijá-lo, seria por que eu estava ali? Pudera, afinal, ela sempre me respeitou. Notando minha presença ele ameaçou ir embora, ela não insistiu que ficasse e o cidadão acabou voltando. Sorri, lembrei o quão eram divertidas nossas discussões; brigávamos e depois ríamos de nossas infantilidades. Todas as pessoas, por mais velhas ou sérias que sejam, guardam um pouco de criança dentro de si, quando esta criança deixa de existir nós também deixamos. As rugas que hoje denunciam a minha idade não é sinônimo de velhice e sim de que a maturidade chegou.
A fila diminuia quando resolvi levantar e ir para outro canto, não era a minha inteção deixar o pequeno constrangido e, nem tampouco, fazê-los discutir, sou um homem pacífico, sensato, de paz com a vida e com todos, jamais me exporia ao ridículo de ficar ali e esperar aquele “moleque” vir se quixar de que sua namorada não tirava os olhos de mim...
Por um momento senti minhas pernas tremerem e se eu não fechasse a boca, talvez, meu coração sairia por ela, aquele instante mágico me fez lembrar o quanto fui feliz, o quanto amei aquela doce e simpática mulher... não, na verdade, eu não amei aquela doce e simpática mulher, afinal eu não a conhecia, amei, sim, a garota que se escondia por de trás dela, amei a garota ingênua que aquele sorriso nostálgico ocultava, amei a garota que trazia sinceridade no olhar e pureza na voz. Infelizmente aquela mulher que ali estava não era o anjo que um dia passou em minha vida, não era o anjo que, em questão de segundos, modificou meu viver...
Ao sair notei que olhos tristes ainda me fitavam, que acampanhavam meus passos solítários, talvez dentro do coração daquela senhorita ainda restasse a chama voraz da paixão.
Sorri feliz ao descobrir que não devemos, jamais, procurar nossa felicidade nos outros, pois, ela está dentro de cada um, somos nós os únicos responsáveis por sermos ou não felizes. Alegrei-me ao perceber que meu coração ainda pulsava e que não era tarde para amar novamente. Corri para a fila do cinema, onde estavam me esperando minha namorada e meu filho, dei um forte abraço nos dois e adentramos para asisitir “Deu a louca na Chapéuzinho”.
By Marcos Lopes
Sai duma fila para entrar noutra embora a do sorvete estivesse menor eu não gostei nada do que vi; a mulher que mais amei neste mundo sorria ao lado de outro. Fiquei sem ação, não sabia se partia pra cima do cara , se chorava, se corria, se gritava...
Uma vertigem se apossou de mim de tal maneira que meus pensamentos tornaram-se uma poça de lembraças, uma nuvem negra passou por minhas vistas, não enxergava nada e ninguém que não fosse os dois, senti uma fisgada no peito e senti que cairia se não me sentasse na cadeira que estava ao meu lado, baixei a cabeça e ali fiquei.
Como ela estava linda, seus cabelos ainda continuavam sedosos e seu perfume não mudara, suas mãos macias e delicadas agora possuiam, em um dos dedos, uma bela aliança, seu rosto era de mulher crescida, porém, não perdera a expressão de menininha no sorriso.
Momentos de felicidades tumultuaram minha mente fazendo bailar em meus lábios um sorriso-choroso.
Seria ela feliz? Torcia para que sim. Perguntas como estas envolveram-me num desespero fulminante, tentei levantar mas minhas pernas pareciam estar pregadas no solo, olhei para ela e notei que agora estava calada, não sorria como fazia a alguns minutos atrás, será que me vira? Não sei.
Quando nos conhecemos, ela era apenas uma garotinha de dezessete aninhos, eu, um cavalo de vinte e três. Apesar da diferença etária ser gritante éramos felizes e parecia que nada nos atingiria, nada no mundo nos separaria, pois, achava eu que aquilo que ela demonstrava sentir por mim era amor, que ingenuidade minha, onde já se viu uma garota de dezessete anos saber o que é amar.
Quantas vezes dissera que me amava, que não viveria sem mim, que eu era o amor eterno de sua vida? Inúmeras foram as vezes. Agora, olha lá onde ela está; envolvida nos braços de outro. Aprendi, com este relacionamento, que não se deve amar somente com palavras, amar é mais que dizer “amo você”. Amar é querer que o outro seja feliz independente se você estará ou não, amar é querer estar juntinho em todos os momentos, sejam eles bons ou ruins, amar é saber ouvir e compreender, amar é desejar a liberdade do outro para que juntos possam conquistar o Universo...
Queria neste momento explicar o que eu sentia por aquela pequena, mas quem foi que disse que o amor é para ser explicado? O amor é para ser sentido, vivido. Quisera uma vez, quando criança, voltar no tempo para resgatar tudo aquilo que deixei de fazer, tudo aquilo que impedi que acontecesse mas, naquele instante, eu não queria voltar, não, afinal, realizei com ela sonhos que jamais imaginei que um dia pudesse realizar; estar apto a amar, voltar a sorrir, ser feliz, mesmo que tenha sido por instantes, foi um dos sonhos que realizei.
Por um momento o namorado dela saiu, e nossos olhos se encontram, os dela não tinham mais aquele brilho dantes, os meus faiscavam, não sei dizer se de felicidade ou se de tristeza, afinal, o que haviamos sentido e feito um pelo outro no decorrer de nossa história, agora, fazia parte de um passado longínguo.
Ela sorriu e acenou com uma das mãos, sentiu-se envergonhada ao notar que eu havia percebido que usava aliança, correspondi com um singelo balanço de cabeça e voltei os olhos cheios d´água para baixo. O asqueroso namorado voltou e ela o tratou com certa indiferença; não quis beijá-lo, seria por que eu estava ali? Pudera, afinal, ela sempre me respeitou. Notando minha presença ele ameaçou ir embora, ela não insistiu que ficasse e o cidadão acabou voltando. Sorri, lembrei o quão eram divertidas nossas discussões; brigávamos e depois ríamos de nossas infantilidades. Todas as pessoas, por mais velhas ou sérias que sejam, guardam um pouco de criança dentro de si, quando esta criança deixa de existir nós também deixamos. As rugas que hoje denunciam a minha idade não é sinônimo de velhice e sim de que a maturidade chegou.
A fila diminuia quando resolvi levantar e ir para outro canto, não era a minha inteção deixar o pequeno constrangido e, nem tampouco, fazê-los discutir, sou um homem pacífico, sensato, de paz com a vida e com todos, jamais me exporia ao ridículo de ficar ali e esperar aquele “moleque” vir se quixar de que sua namorada não tirava os olhos de mim...
Por um momento senti minhas pernas tremerem e se eu não fechasse a boca, talvez, meu coração sairia por ela, aquele instante mágico me fez lembrar o quanto fui feliz, o quanto amei aquela doce e simpática mulher... não, na verdade, eu não amei aquela doce e simpática mulher, afinal eu não a conhecia, amei, sim, a garota que se escondia por de trás dela, amei a garota ingênua que aquele sorriso nostálgico ocultava, amei a garota que trazia sinceridade no olhar e pureza na voz. Infelizmente aquela mulher que ali estava não era o anjo que um dia passou em minha vida, não era o anjo que, em questão de segundos, modificou meu viver...
Ao sair notei que olhos tristes ainda me fitavam, que acampanhavam meus passos solítários, talvez dentro do coração daquela senhorita ainda restasse a chama voraz da paixão.
Sorri feliz ao descobrir que não devemos, jamais, procurar nossa felicidade nos outros, pois, ela está dentro de cada um, somos nós os únicos responsáveis por sermos ou não felizes. Alegrei-me ao perceber que meu coração ainda pulsava e que não era tarde para amar novamente. Corri para a fila do cinema, onde estavam me esperando minha namorada e meu filho, dei um forte abraço nos dois e adentramos para asisitir “Deu a louca na Chapéuzinho”.
By Marcos Lopes
Por Trás de Uma GRANDE MULHER 1º Parte
Sempre tive tudo para dar errado com as mulheres; baixinho de óculos fundo de garrafa, magricela, cabelos ruins, ou seja, sempre fui um cara feioso. Trabalhava como ajudante de pedreiro, fedia a cimento mas, nos fins de semana, me arrumava, ficava bonitinho, e saía com os colegas que, assim como eu, também eram feiosos, para gastarmos nosso dinheirinho suado do mês inteiro. As festas que nós íamos eram bem animadas, havia inúmeras garotas, uma mais linda que a outra, mas nunca deram bola para mim, talvez nunca notaram que eu existia, no fim todas saíam com caras que tinham carro, moto e além de tudo... Eram bonitos, uma qualidade que eu nunca tive, me sentia um patinho feio.Uma vez estava voltando sozinho de uma dessas festas que costumara a freqüentar, quando avistei um carro com os piscas alertas aceso, ali estava meu futuro, pressupus que estava com problemas e resolvi ajudá-lo. Após ter feito minha boa-ação noturna, consegui uma carona até minha casa, até que o camarada era legal, me disse que morava a dois quarteirões dali e que nunca havia me visto.- Deve ser por que eu saio para o trabalho cedo e só volto bem à noite – respondi, ele permaneceu em silêncio e antes que eu descesse do carro me fez um convite:- Topa ir numa festa Sábado à noite?- Claro! – respondi superempolgado.Ah!! Como aquela semana foi demorada, parecia que o tempo não passava. Na festa ele me apresentava para todos como seu parceiro, seu camarada do peito, era como se já me conhecesse á um tempão, as garotas o beijava, e por incrível que pareça, elas me beijavam também. Meus olhos se derreteram quando avistei Juliana, uma morena de cabelos sedosos e olhos de esmeralda me fascinou, meu corpo estremeceu por completo quando notei que ela se aproximava de nós, ao nos cumprimentar, senti seu hálito suave tocar em minh’alma, mas minha felicidade durou pouco, caí na real, o que me doeu foi quando ela pegou na mão do Juvenal – o amigo que me levara a festa – e saiu arratando-o para conversarem a sós.Fiquei ali, parado segurando o muro, por uns vinte minutos, e quando ele voltou, seu sorriso abanava as orelhas e, ainda pra acabar com a minha noite, veio me contar piadas:- Falei com a Juliana!- E daí?O que tenho eu a ver com isso?- Ela quer falar com você, disse que te achou mó gatinho e quer falar contigo, vai lá, homem!.Foi instantâneo, comecei a rir, mas ri tanto que lágrimas saltaram dos meus olhos, só acreditei quando aquela beldade pegou em minha mão e saiu me arrastando.- Meu Deus – pensei comigo – Se isso for um sonho que não me acorde jamais! Pela primeira vez em minha vida aquilo estava acontecendo, a não ser minha mãe e minha irmã jamais havia segurado a mão de uma garota, ainda mais, uma garota como Juliana. Finalmente estava acontecendo, sim, estava acontecendo de verdade, não era sonho não.Vou te revelar um segredo... Juliana foi a primeira e também única garota com quem fiz amor. Isso, pode rir à vontade não tem problema, não. Depois daquele dia passei a andar usando as mesmas roupas que Juvenal, desembolsei uma grana que guardava e comprei umas roupas bacanas mas, meu salário não dava para comprar tantas coisas, sapatos, relógios de marca, pra dizer a verdade, não dava nem pra comer. Fazia algum tempo que eu e a Jú estávamos saindo, ela sempre queria ir a lugares chiques como, shopping, baladas caríssimas, tinha vergonha de dizer a ela que eu era um simples ajudante de pedreiro e que não tinha tanto dinheiro assim como ela pensava. Meu pai passou a vida inteira me dizendo que tudo que vem fácil vai fácil. Meses depois abri o jogo com a Jú, passado alguns dias ela me deu um pontapé, eu estava apaixonado, me desesperei, não sabia o que fazer. Comentei com Juvenal o que aconteceu...Numa certa tarde ensolarada de Domingo, vi minha Juliana aos beijos dentro de um carro com um bonitão, eles pareciam tão apaixonados, me senti humilhado, minha vida acabara ali... Nunca mais pus a cara no trabalho, não tinha estudo, mal sabia escrever meu nome, o que eu poderia ser na vida a não ser um bandido?
Continua...
Continua...
Por Trás de uma GRANDE MULHER 2º Parte
Foi o que aconteceu. Juvenal me apresentou uns caras da pesada que tinham tudo aos seus pés, dinheiro, carro, moto, roupas, sapatos e relógios de marca, era tudo que eu precisava para ter minha querida e amada Juliana de volta.A não ser minha colher de pedreiro a pá e a enxada para virar a massa, eu nunca havia segurado uma arma antes. O dia ainda amanhecia quando Juvenal foi me pegar em casa, ali, dentro do carro, ele me deu uma arma, minhas mãos tremiam me deu vontade de descer daquele maldito carro e sair correndo para meu trabalho, procurar uma escola e quem sabe ser alguém na vida, mas... Naquele momento já era tarde, eu havia me sentenciado, assinei um contrato com o Demônio, Juvenal parecia não ter medo de nada, paramos o carro ao lado de uma viatura e ele nem se importou. Eu? Eu quase desmaiei, se pudesse desistiria.Rendemos o segurança da casa e entramos pela cozinha, até que chegamos em uma boa hora, todos estavam tomando o café da manhã, e que café, queria eu ter um banquete daquele todos os dias! Bom, uma das partes mais difíceis nós já havíamos feito, que fora entrar, pra sair não foi tão difícil assim. Já estávamos nos retirando, pelo mesmo lugar que entramos, quando o chefe da casa resolveu pegar uma faca e vir atrás de nós, eu que estava por último percebi a ação dele, virei-me rapidamente e apontei a arma na direção de sua cabeça... Juro que não foi por querer, minhas mãos estavam tremulas e... Acabei atirando contra aquela bendita alma. Que Oxalá a tenha! Juvenal não deixou que eu comprasse nada a princípio, achava que a policia poderia desconfiar e nos prender, mas não agüentei muito tempo e meses depois podia dizer que estava satisfeito, já podia andar sem camisa exibindo minhas correntes de ouro, meu relógio de dois mil e pouco reais, meus tênis com amortecedores embaixo, meu carro e sem falar nas namoradinhas que eu descolava quando saía para as festinhas. Não, eu não deixei de freqüentar as antigas, continuava indo sempre nas mesmas, mas meus antigos amigos não queriam muito contato comigo, sentiam-se ameaçados, mas quem ligava para aqueles Zé-ruelas que não pegavam ninguém? Tá vendo esta tatuagem aqui? Sim, está letra japonesa, é a inicial do nome da Jú.Algumas vezes a vi olhando para mim, outro dia até sorriu, acho que ela gosta de mim. Ela se faz de durona, mas já ouvi alguns comentários a respeito.Eu te falei que meu pai não fala mais comigo? Pois é, ele descobriu tudo, pegou uma arma e um baseado em baixo do meu colchão, homem igual aquele não existe, apesar de eu estar numa vida errada ele nunca jogou piada ou me mandou embora de casa, mas sempre deixou claro que não queria policia na porta da sua casa, eu sempre respeitei. Eu e a Jú voltamos, ela pediu que eu não ficasse com mais ninguém a não ser com ela, agora sim eu podia levá-la ao shopping, comprar todas as roupas que ela quisesse, as garotas do bairro a invejavam, queriam estar em seu lugar, eu era o REI e Juliana deixou de ser beldade para ser minha RAINHA, era coroada com as mais belas jóias, lhe dei um anel de brilhante e a pedi em casamento.Meu pai nunca aceitou uma só moeda que viesse de mim. Eu, Juvenal e os outros ambiciosos passamos a roubar cargas de cigarros, remédios... Meu Senhor Jesus! Eu nunca imaginei que um dia eu poderia ter tanto dinheiro assim. Outro dia minha mãe me disse que um daqueles Zé-ruelas iria se formar professor, o outro mané seria engenheiro, e o outro estava noivo, grande merda, respondi a ela, Tô nem aí, pra esses Zé-ruelas.
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Por Trás de Uma GRANDE MULHER última parte
Minha vida... Isso sim que é vida, ficar o dia inteiro com a mulher que eu amo, gastando dinheiro no shopping, nos cinemas, nos parques de diversões como playcenter, Hopi-Hari e naquele ano nós iríamos, talvez, para Disney eu não queria, mas era o sonho da Jú um dia conhecer a Disneylândia, eu era o cidadão mais feliz da Terra e ela era a mulher mais feliz do universo.Hei homem, não precisa babar, não! Relaxa! Quer um café? Bom, meu último assalto... Meu último assalto foi lamentável, Juvenal morreu trocando tiros com a policia, os outros dois, quando foram presos foram encontrados enforcados na cela, dizem que eles se mataram, mas sabe como é, né? Pra ser sincero não acredito nisso. Eu fui o mais esperto, consegui escapar, sempre fui bom nas brincadeiras de esconde-esconde. Você dá risada, né seu panaca? Olha que te mando embora hein! Brincadeira, mané não precisa arregalar estes zóião, não.Meu pai... Depois que entrei para a vida errada nunca mais nos falamos, ele morreu sem que nos falássemos pela última vez, não estou chorando! Pára de me olhar assim, porra! Juliana me esqueceu, minha mãe disse que ela está com outro agora, disse que quando passa na rua nem se quer pergunta de mim, talvez já me esquecera, talvez esquecera de tudo que passamos juntos, de nossas noites nas mais belas praias, dos hotéis luxuosos ao qual fizemos amor pela primeira vez, da nossa viajem ao Walt Disney, e a aliança que eu lhe dera, será que jogou fora, será que ainda se lembra que somos noivos? Meu Deus! O que eu fiz da minha vida? Dr. Fernando me tire daqui, por favor! O Sr. é o melhor advogado que minha mãe pôde pagar, eu preciso sair deste lugar.Minha mãe disse que os Zé-ruelas conseguiram se casar, se mudaram lá do bairro, disse que o mais mané de todos comprou um apartamento para sua mãe e se casou com a filha de um promotor de justiça, o outro foi para Nova Iorque, o outro dá aulas numa Universidade renomada e o mais esperto... O mais esperto encontra-se privado de sua liberta. Ajude-me Dr. Fernando, por favor, me ajude By Marcos Lopes
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