sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Existe amor?



O que é o Amor? Perguntei-me, ao levantar e abrir, as três e vinte e duas da manhã, a janela para me livrar um pouco da fumaça do cigarro que empesteava meu quarto pequeno.  Uma melodia, que vinha do prédio vizinho, que, certamente fora usada como despertador, parecia também fazer a mesma pergunta: “Quem inventou o amor?” Dei mais um trago e arremessei o cigarro na grama umedecida pelo sereno que caía silenciosamente sob a noite inquieta. Sentei na cama e peguei um livro ao acaso em minha cabeceira e quando o abri, coincidentemente,um texto que dizia que; “O amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente”. Claro que se sente, dói, queima, deixa marcas mais profundas que qualquer instrumento bélico. Essa parada de amor é muito complicado mesmo. Não é possível sentir uma coisa que não se sabe explicar. Acendi, então a luz mais forte, coloquei os óculos e tentei encontrar no pequeno dicionário que guardo desde o tempo do colegial o significado. O dicionário dizia que o amor é “sentimento que se tem por uma pessoa com quem se deseja alcançar a união física ou afetiva”. Vago demais. É pouco, muito pouco, o amor não pode ser somente isso. Conter-me com esta explicação seria o mesmo que acreditar que Deus é um ser que come feijão e ovo acebolado. Deus, talvez estivesse ai a explicação! Então, peguei o telefone e liguei para um amigo evangélico, um exímio conhecedor da Palavra, sabia que ele estaria voltando de alguma vigília e tal... Mas ele estava dormindo, mesmo assim, me atendeu, como sempre, carinhosamente e disse que havia um texto que falava sobre o que era o amor. Peguei a bíblia no quarto da minha mãe que sempre ficava aberta no salmo 91 e procurei pelo Apóstolo Paulo que dizia “que o amor jamais acaba. Não procura interesses. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Dizia que o amor não se alegrava com a mentira mas se regozijava com a verdade. Já desesperado por tudo que estava acontecendo, eu abri novamente a janela e vi o céu azul estrelado e uma lua como nunca havia visto igual antes. Naquele momento de reflexão tosca quis acreditar que em algum lugar do mundo alguém também estava olhando para a Lua, procurando, ingenuamente, decifrar o enigma para a pergunta; “O que é o amor”?
Por um minuto eu poderia jurar que havia visto uma estrela-cadente rasgar o céu que teimava regar os jardins do mundo com o sereno leve e instigante. Lembrei-me de quando era criança ouvi alguém dizer que, quando se via algo como aquela estrela, poderíamos fazer um pedido, sabe qual foi o pedido que fiz?
Que Deus nunca me desse à resposta que estava procurando, pois, nós, seres humanos, temos o estranho hábito de não mais se importar com algo que julgávamos tão importante, quando sabemos o seu real significado. Voltei a dormir.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Existe amor?



O que é o Amor? Perguntei-me, ao levantar e abrir, as três e vinte e duas da manhã, a janela para me livrar um pouco da fumaça do cigarro que empesteava meu quarto pequeno.  Uma melodia, que vinha do prédio vizinho, que, certamente fora usada como despertador, parecia também fazer a mesma pergunta: “Quem inventou o amor?” Dei mais um trago e arremessei o cigarro na grama umedecida pelo sereno que caía silenciosamente sob a noite inquieta. Sentei na cama e peguei um livro ao acaso em minha cabeceira e quando o abri, coincidentemente,um texto que dizia que; “O amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente”. Claro que se sente, dói, queima, deixa marcas mais profundas que qualquer instrumento bélico. Essa parada de amor é muito complicado mesmo. Não é possível sentir uma coisa que não se sabe explicar. Acendi, então a luz mais forte, coloquei os óculos e tentei encontrar no pequeno dicionário que guardo desde o tempo do colegial o significado. O dicionário dizia que o amor é “sentimento que se tem por uma pessoa com quem se deseja alcançar a união física ou afetiva”. Vago demais. É pouco, muito pouco, o amor não pode ser somente isso. Conter-me com esta explicação seria o mesmo que acreditar que Deus é um ser que come feijão e ovo acebolado. Deus, talvez estivesse ai a explicação! Então, peguei o telefone e liguei para um amigo evangélico, um exímio conhecedor da Palavra, sabia que ele estaria voltando de alguma vigília e tal... Mas ele estava dormindo, mesmo assim, me atendeu, como sempre, carinhosamente e disse que havia um texto que falava sobre o que era o amor. Peguei a bíblia no quarto da minha mãe que sempre ficava aberta no salmo 91 e procurei pelo Apóstolo Paulo que dizia “que o amor jamais acaba. Não procura interesses. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Dizia que o amor não se alegrava com a mentira mas se regozijava com a verdade. Já desesperado por tudo que estava acontecendo, eu abri novamente a janela e vi o céu azul estrelado e uma lua como nunca havia visto igual antes. Naquele momento de reflexão tosca quis acreditar que em algum lugar do mundo alguém também estava olhando para a Lua, procurando, ingenuamente, decifrar o enigma para a pergunta; “O que é o amor”?
Por um minuto eu poderia jurar que havia visto uma estrela-cadente rasgar o céu que teimava regar os jardins do mundo com o sereno leve e instigante. Lembrei-me de quando era criança ouvi alguém dizer que, quando se via algo como aquela estrela, poderíamos fazer um pedido, sabe qual foi o pedido que fiz?
Que Deus nunca me desse à resposta que estava procurando, pois, nós, seres humanos, temos o estranho hábito de não mais se importar com algo que julgávamos tão importante, quando sabemos o seu real significado. Voltei a dormir.