quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Renascer



Vejo lá longe uma luz, minhas pernas cansadas de tanto procurar o encontrável fraquejam no momento em que penso em me aproximar, meu coração sacoleja em meu peito e minha cabeça recebe uma pancada interna como se o Universo que sustenta toda a galáxia nela fosse aterrissar. Não consigo compreender a razão daquela luz estar ali, agora piscando, como se estivesse me chamando. Procuro entender as razões e as circunstancias que me puseram ali, mal consigo pronunciar meu nome, mas o seu não sai da minha cabeça, balbucio alguma coisa que nem meus ouvidos afinados conseguem ouvir, mas meu coração percebe que teu nome quer eclodir da minha garganta. Sinto um frio percorrer pelas minhas espinhas enquanto a luz, lá longe, fica a espreitar-me pela fresta que ela mesma inventou para me olhar, para me observar...
Sinto medo, percebo que o fim está perto ou o reinicio está longe demais para eu  crer que ainda há chances, sinto minha boca secar, se pudesse choraria, mas as lágrimas secaram tal qual um rio que perdera suas águas vibrantes  e o que lhe sobrou foram as rachaduras insensíveis do solo morto. Percebo-me caído, minhas mãos tremem e tenho dificuldades de leva-la ao peito para, assim, quem sabe, eu ainda consiga segurar o que de mais valioso resta em mim; o amor por você! A luz, ela ainda está lá, agora imóvel. Estou aprisionado em mim, ou em você, não sei. Gostaria de alcançar aquele brilho que puseram ali, queria alcançar a Luz que me olha... Espera, acho que agora é ela que está vindo em minha direção. Sim ela está vindo  ziguezagueando. Parece que desenha alguma coisa no chão, seu rastro é mágico... Ela está se aproximando, tenho medo, agora meu corpo treme e eu sinto que vou partir, é agora, é agora, é agora...
Sim, eu parti naquele momento, parti quando percebi que ficar jogado no chão esperando que aquela luz viesse me resgatar, viesse me dar vida só me colocaria mais perto da morte! Então levantei, foi por um fio, mas foi por te amar como amo que levantei, bati a poeira do corpo e olhei para o Céu, percebi que a luz para a qual eu olhava em nenhum momento estava a minha frente, mas a cima de mim. Meu coração batia, mas não por saber que você existiu em mim, mas porque eu existo em mim, eu existo em você, eu existo no Universo, meus olhos se marejaram e chorei, minhas lágrimas banharam minha alma rachada, de repente senti um estrondo na barriga, pensei que fosse fome até notar que flores brotavam do meu eu, não, na verdade eram jardins, pomares cujos frutos se chamavam vida, Nosce te ipsum (conheça-te  a ti mesmo) Renasça Fênix e voe, voe alto para que jamais seja visto como uma cobra que rasteja em busco do seu rato, renasça e vá ao encontro da felicidade, afinal, o Céu, para mim nunca foi e nem será o limite! 
Marcos Lopes 

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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Renascer



Vejo lá longe uma luz, minhas pernas cansadas de tanto procurar o encontrável fraquejam no momento em que penso em me aproximar, meu coração sacoleja em meu peito e minha cabeça recebe uma pancada interna como se o Universo que sustenta toda a galáxia nela fosse aterrissar. Não consigo compreender a razão daquela luz estar ali, agora piscando, como se estivesse me chamando. Procuro entender as razões e as circunstancias que me puseram ali, mal consigo pronunciar meu nome, mas o seu não sai da minha cabeça, balbucio alguma coisa que nem meus ouvidos afinados conseguem ouvir, mas meu coração percebe que teu nome quer eclodir da minha garganta. Sinto um frio percorrer pelas minhas espinhas enquanto a luz, lá longe, fica a espreitar-me pela fresta que ela mesma inventou para me olhar, para me observar...
Sinto medo, percebo que o fim está perto ou o reinicio está longe demais para eu  crer que ainda há chances, sinto minha boca secar, se pudesse choraria, mas as lágrimas secaram tal qual um rio que perdera suas águas vibrantes  e o que lhe sobrou foram as rachaduras insensíveis do solo morto. Percebo-me caído, minhas mãos tremem e tenho dificuldades de leva-la ao peito para, assim, quem sabe, eu ainda consiga segurar o que de mais valioso resta em mim; o amor por você! A luz, ela ainda está lá, agora imóvel. Estou aprisionado em mim, ou em você, não sei. Gostaria de alcançar aquele brilho que puseram ali, queria alcançar a Luz que me olha... Espera, acho que agora é ela que está vindo em minha direção. Sim ela está vindo  ziguezagueando. Parece que desenha alguma coisa no chão, seu rastro é mágico... Ela está se aproximando, tenho medo, agora meu corpo treme e eu sinto que vou partir, é agora, é agora, é agora...
Sim, eu parti naquele momento, parti quando percebi que ficar jogado no chão esperando que aquela luz viesse me resgatar, viesse me dar vida só me colocaria mais perto da morte! Então levantei, foi por um fio, mas foi por te amar como amo que levantei, bati a poeira do corpo e olhei para o Céu, percebi que a luz para a qual eu olhava em nenhum momento estava a minha frente, mas a cima de mim. Meu coração batia, mas não por saber que você existiu em mim, mas porque eu existo em mim, eu existo em você, eu existo no Universo, meus olhos se marejaram e chorei, minhas lágrimas banharam minha alma rachada, de repente senti um estrondo na barriga, pensei que fosse fome até notar que flores brotavam do meu eu, não, na verdade eram jardins, pomares cujos frutos se chamavam vida, Nosce te ipsum (conheça-te  a ti mesmo) Renasça Fênix e voe, voe alto para que jamais seja visto como uma cobra que rasteja em busco do seu rato, renasça e vá ao encontro da felicidade, afinal, o Céu, para mim nunca foi e nem será o limite! 
Marcos Lopes 

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