sábado, 19 de janeiro de 2008

Por Trás de uma GRANDE MULHER 2º Parte

Foi o que aconteceu. Juvenal me apresentou uns caras da pesada que tinham tudo aos seus pés, dinheiro, carro, moto, roupas, sapatos e relógios de marca, era tudo que eu precisava para ter minha querida e amada Juliana de volta.A não ser minha colher de pedreiro a pá e a enxada para virar a massa, eu nunca havia segurado uma arma antes. O dia ainda amanhecia quando Juvenal foi me pegar em casa, ali, dentro do carro, ele me deu uma arma, minhas mãos tremiam me deu vontade de descer daquele maldito carro e sair correndo para meu trabalho, procurar uma escola e quem sabe ser alguém na vida, mas... Naquele momento já era tarde, eu havia me sentenciado, assinei um contrato com o Demônio, Juvenal parecia não ter medo de nada, paramos o carro ao lado de uma viatura e ele nem se importou. Eu? Eu quase desmaiei, se pudesse desistiria.Rendemos o segurança da casa e entramos pela cozinha, até que chegamos em uma boa hora, todos estavam tomando o café da manhã, e que café, queria eu ter um banquete daquele todos os dias! Bom, uma das partes mais difíceis nós já havíamos feito, que fora entrar, pra sair não foi tão difícil assim. Já estávamos nos retirando, pelo mesmo lugar que entramos, quando o chefe da casa resolveu pegar uma faca e vir atrás de nós, eu que estava por último percebi a ação dele, virei-me rapidamente e apontei a arma na direção de sua cabeça... Juro que não foi por querer, minhas mãos estavam tremulas e... Acabei atirando contra aquela bendita alma. Que Oxalá a tenha! Juvenal não deixou que eu comprasse nada a princípio, achava que a policia poderia desconfiar e nos prender, mas não agüentei muito tempo e meses depois podia dizer que estava satisfeito, já podia andar sem camisa exibindo minhas correntes de ouro, meu relógio de dois mil e pouco reais, meus tênis com amortecedores embaixo, meu carro e sem falar nas namoradinhas que eu descolava quando saía para as festinhas. Não, eu não deixei de freqüentar as antigas, continuava indo sempre nas mesmas, mas meus antigos amigos não queriam muito contato comigo, sentiam-se ameaçados, mas quem ligava para aqueles Zé-ruelas que não pegavam ninguém? Tá vendo esta tatuagem aqui? Sim, está letra japonesa, é a inicial do nome da Jú.Algumas vezes a vi olhando para mim, outro dia até sorriu, acho que ela gosta de mim. Ela se faz de durona, mas já ouvi alguns comentários a respeito.Eu te falei que meu pai não fala mais comigo? Pois é, ele descobriu tudo, pegou uma arma e um baseado em baixo do meu colchão, homem igual aquele não existe, apesar de eu estar numa vida errada ele nunca jogou piada ou me mandou embora de casa, mas sempre deixou claro que não queria policia na porta da sua casa, eu sempre respeitei. Eu e a Jú voltamos, ela pediu que eu não ficasse com mais ninguém a não ser com ela, agora sim eu podia levá-la ao shopping, comprar todas as roupas que ela quisesse, as garotas do bairro a invejavam, queriam estar em seu lugar, eu era o REI e Juliana deixou de ser beldade para ser minha RAINHA, era coroada com as mais belas jóias, lhe dei um anel de brilhante e a pedi em casamento.Meu pai nunca aceitou uma só moeda que viesse de mim. Eu, Juvenal e os outros ambiciosos passamos a roubar cargas de cigarros, remédios... Meu Senhor Jesus! Eu nunca imaginei que um dia eu poderia ter tanto dinheiro assim. Outro dia minha mãe me disse que um daqueles Zé-ruelas iria se formar professor, o outro mané seria engenheiro, e o outro estava noivo, grande merda, respondi a ela, Tô nem aí, pra esses Zé-ruelas.
Continua...

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sábado, 19 de janeiro de 2008

Por Trás de uma GRANDE MULHER 2º Parte

Foi o que aconteceu. Juvenal me apresentou uns caras da pesada que tinham tudo aos seus pés, dinheiro, carro, moto, roupas, sapatos e relógios de marca, era tudo que eu precisava para ter minha querida e amada Juliana de volta.A não ser minha colher de pedreiro a pá e a enxada para virar a massa, eu nunca havia segurado uma arma antes. O dia ainda amanhecia quando Juvenal foi me pegar em casa, ali, dentro do carro, ele me deu uma arma, minhas mãos tremiam me deu vontade de descer daquele maldito carro e sair correndo para meu trabalho, procurar uma escola e quem sabe ser alguém na vida, mas... Naquele momento já era tarde, eu havia me sentenciado, assinei um contrato com o Demônio, Juvenal parecia não ter medo de nada, paramos o carro ao lado de uma viatura e ele nem se importou. Eu? Eu quase desmaiei, se pudesse desistiria.Rendemos o segurança da casa e entramos pela cozinha, até que chegamos em uma boa hora, todos estavam tomando o café da manhã, e que café, queria eu ter um banquete daquele todos os dias! Bom, uma das partes mais difíceis nós já havíamos feito, que fora entrar, pra sair não foi tão difícil assim. Já estávamos nos retirando, pelo mesmo lugar que entramos, quando o chefe da casa resolveu pegar uma faca e vir atrás de nós, eu que estava por último percebi a ação dele, virei-me rapidamente e apontei a arma na direção de sua cabeça... Juro que não foi por querer, minhas mãos estavam tremulas e... Acabei atirando contra aquela bendita alma. Que Oxalá a tenha! Juvenal não deixou que eu comprasse nada a princípio, achava que a policia poderia desconfiar e nos prender, mas não agüentei muito tempo e meses depois podia dizer que estava satisfeito, já podia andar sem camisa exibindo minhas correntes de ouro, meu relógio de dois mil e pouco reais, meus tênis com amortecedores embaixo, meu carro e sem falar nas namoradinhas que eu descolava quando saía para as festinhas. Não, eu não deixei de freqüentar as antigas, continuava indo sempre nas mesmas, mas meus antigos amigos não queriam muito contato comigo, sentiam-se ameaçados, mas quem ligava para aqueles Zé-ruelas que não pegavam ninguém? Tá vendo esta tatuagem aqui? Sim, está letra japonesa, é a inicial do nome da Jú.Algumas vezes a vi olhando para mim, outro dia até sorriu, acho que ela gosta de mim. Ela se faz de durona, mas já ouvi alguns comentários a respeito.Eu te falei que meu pai não fala mais comigo? Pois é, ele descobriu tudo, pegou uma arma e um baseado em baixo do meu colchão, homem igual aquele não existe, apesar de eu estar numa vida errada ele nunca jogou piada ou me mandou embora de casa, mas sempre deixou claro que não queria policia na porta da sua casa, eu sempre respeitei. Eu e a Jú voltamos, ela pediu que eu não ficasse com mais ninguém a não ser com ela, agora sim eu podia levá-la ao shopping, comprar todas as roupas que ela quisesse, as garotas do bairro a invejavam, queriam estar em seu lugar, eu era o REI e Juliana deixou de ser beldade para ser minha RAINHA, era coroada com as mais belas jóias, lhe dei um anel de brilhante e a pedi em casamento.Meu pai nunca aceitou uma só moeda que viesse de mim. Eu, Juvenal e os outros ambiciosos passamos a roubar cargas de cigarros, remédios... Meu Senhor Jesus! Eu nunca imaginei que um dia eu poderia ter tanto dinheiro assim. Outro dia minha mãe me disse que um daqueles Zé-ruelas iria se formar professor, o outro mané seria engenheiro, e o outro estava noivo, grande merda, respondi a ela, Tô nem aí, pra esses Zé-ruelas.
Continua...

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