sábado, 19 de janeiro de 2008

Por Trás de Uma GRANDE MULHER 1º Parte

Sempre tive tudo para dar errado com as mulheres; baixinho de óculos fundo de garrafa, magricela, cabelos ruins, ou seja, sempre fui um cara feioso. Trabalhava como ajudante de pedreiro, fedia a cimento mas, nos fins de semana, me arrumava, ficava bonitinho, e saía com os colegas que, assim como eu, também eram feiosos, para gastarmos nosso dinheirinho suado do mês inteiro. As festas que nós íamos eram bem animadas, havia inúmeras garotas, uma mais linda que a outra, mas nunca deram bola para mim, talvez nunca notaram que eu existia, no fim todas saíam com caras que tinham carro, moto e além de tudo... Eram bonitos, uma qualidade que eu nunca tive, me sentia um patinho feio.Uma vez estava voltando sozinho de uma dessas festas que costumara a freqüentar, quando avistei um carro com os piscas alertas aceso, ali estava meu futuro, pressupus que estava com problemas e resolvi ajudá-lo. Após ter feito minha boa-ação noturna, consegui uma carona até minha casa, até que o camarada era legal, me disse que morava a dois quarteirões dali e que nunca havia me visto.- Deve ser por que eu saio para o trabalho cedo e só volto bem à noite – respondi, ele permaneceu em silêncio e antes que eu descesse do carro me fez um convite:- Topa ir numa festa Sábado à noite?- Claro! – respondi superempolgado.Ah!! Como aquela semana foi demorada, parecia que o tempo não passava. Na festa ele me apresentava para todos como seu parceiro, seu camarada do peito, era como se já me conhecesse á um tempão, as garotas o beijava, e por incrível que pareça, elas me beijavam também. Meus olhos se derreteram quando avistei Juliana, uma morena de cabelos sedosos e olhos de esmeralda me fascinou, meu corpo estremeceu por completo quando notei que ela se aproximava de nós, ao nos cumprimentar, senti seu hálito suave tocar em minh’alma, mas minha felicidade durou pouco, caí na real, o que me doeu foi quando ela pegou na mão do Juvenal – o amigo que me levara a festa – e saiu arratando-o para conversarem a sós.Fiquei ali, parado segurando o muro, por uns vinte minutos, e quando ele voltou, seu sorriso abanava as orelhas e, ainda pra acabar com a minha noite, veio me contar piadas:- Falei com a Juliana!- E daí?O que tenho eu a ver com isso?- Ela quer falar com você, disse que te achou mó gatinho e quer falar contigo, vai lá, homem!.Foi instantâneo, comecei a rir, mas ri tanto que lágrimas saltaram dos meus olhos, só acreditei quando aquela beldade pegou em minha mão e saiu me arrastando.- Meu Deus – pensei comigo – Se isso for um sonho que não me acorde jamais! Pela primeira vez em minha vida aquilo estava acontecendo, a não ser minha mãe e minha irmã jamais havia segurado a mão de uma garota, ainda mais, uma garota como Juliana. Finalmente estava acontecendo, sim, estava acontecendo de verdade, não era sonho não.Vou te revelar um segredo... Juliana foi a primeira e também única garota com quem fiz amor. Isso, pode rir à vontade não tem problema, não. Depois daquele dia passei a andar usando as mesmas roupas que Juvenal, desembolsei uma grana que guardava e comprei umas roupas bacanas mas, meu salário não dava para comprar tantas coisas, sapatos, relógios de marca, pra dizer a verdade, não dava nem pra comer. Fazia algum tempo que eu e a Jú estávamos saindo, ela sempre queria ir a lugares chiques como, shopping, baladas caríssimas, tinha vergonha de dizer a ela que eu era um simples ajudante de pedreiro e que não tinha tanto dinheiro assim como ela pensava. Meu pai passou a vida inteira me dizendo que tudo que vem fácil vai fácil. Meses depois abri o jogo com a Jú, passado alguns dias ela me deu um pontapé, eu estava apaixonado, me desesperei, não sabia o que fazer. Comentei com Juvenal o que aconteceu...Numa certa tarde ensolarada de Domingo, vi minha Juliana aos beijos dentro de um carro com um bonitão, eles pareciam tão apaixonados, me senti humilhado, minha vida acabara ali... Nunca mais pus a cara no trabalho, não tinha estudo, mal sabia escrever meu nome, o que eu poderia ser na vida a não ser um bandido?
Continua...

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sábado, 19 de janeiro de 2008

Por Trás de Uma GRANDE MULHER 1º Parte

Sempre tive tudo para dar errado com as mulheres; baixinho de óculos fundo de garrafa, magricela, cabelos ruins, ou seja, sempre fui um cara feioso. Trabalhava como ajudante de pedreiro, fedia a cimento mas, nos fins de semana, me arrumava, ficava bonitinho, e saía com os colegas que, assim como eu, também eram feiosos, para gastarmos nosso dinheirinho suado do mês inteiro. As festas que nós íamos eram bem animadas, havia inúmeras garotas, uma mais linda que a outra, mas nunca deram bola para mim, talvez nunca notaram que eu existia, no fim todas saíam com caras que tinham carro, moto e além de tudo... Eram bonitos, uma qualidade que eu nunca tive, me sentia um patinho feio.Uma vez estava voltando sozinho de uma dessas festas que costumara a freqüentar, quando avistei um carro com os piscas alertas aceso, ali estava meu futuro, pressupus que estava com problemas e resolvi ajudá-lo. Após ter feito minha boa-ação noturna, consegui uma carona até minha casa, até que o camarada era legal, me disse que morava a dois quarteirões dali e que nunca havia me visto.- Deve ser por que eu saio para o trabalho cedo e só volto bem à noite – respondi, ele permaneceu em silêncio e antes que eu descesse do carro me fez um convite:- Topa ir numa festa Sábado à noite?- Claro! – respondi superempolgado.Ah!! Como aquela semana foi demorada, parecia que o tempo não passava. Na festa ele me apresentava para todos como seu parceiro, seu camarada do peito, era como se já me conhecesse á um tempão, as garotas o beijava, e por incrível que pareça, elas me beijavam também. Meus olhos se derreteram quando avistei Juliana, uma morena de cabelos sedosos e olhos de esmeralda me fascinou, meu corpo estremeceu por completo quando notei que ela se aproximava de nós, ao nos cumprimentar, senti seu hálito suave tocar em minh’alma, mas minha felicidade durou pouco, caí na real, o que me doeu foi quando ela pegou na mão do Juvenal – o amigo que me levara a festa – e saiu arratando-o para conversarem a sós.Fiquei ali, parado segurando o muro, por uns vinte minutos, e quando ele voltou, seu sorriso abanava as orelhas e, ainda pra acabar com a minha noite, veio me contar piadas:- Falei com a Juliana!- E daí?O que tenho eu a ver com isso?- Ela quer falar com você, disse que te achou mó gatinho e quer falar contigo, vai lá, homem!.Foi instantâneo, comecei a rir, mas ri tanto que lágrimas saltaram dos meus olhos, só acreditei quando aquela beldade pegou em minha mão e saiu me arrastando.- Meu Deus – pensei comigo – Se isso for um sonho que não me acorde jamais! Pela primeira vez em minha vida aquilo estava acontecendo, a não ser minha mãe e minha irmã jamais havia segurado a mão de uma garota, ainda mais, uma garota como Juliana. Finalmente estava acontecendo, sim, estava acontecendo de verdade, não era sonho não.Vou te revelar um segredo... Juliana foi a primeira e também única garota com quem fiz amor. Isso, pode rir à vontade não tem problema, não. Depois daquele dia passei a andar usando as mesmas roupas que Juvenal, desembolsei uma grana que guardava e comprei umas roupas bacanas mas, meu salário não dava para comprar tantas coisas, sapatos, relógios de marca, pra dizer a verdade, não dava nem pra comer. Fazia algum tempo que eu e a Jú estávamos saindo, ela sempre queria ir a lugares chiques como, shopping, baladas caríssimas, tinha vergonha de dizer a ela que eu era um simples ajudante de pedreiro e que não tinha tanto dinheiro assim como ela pensava. Meu pai passou a vida inteira me dizendo que tudo que vem fácil vai fácil. Meses depois abri o jogo com a Jú, passado alguns dias ela me deu um pontapé, eu estava apaixonado, me desesperei, não sabia o que fazer. Comentei com Juvenal o que aconteceu...Numa certa tarde ensolarada de Domingo, vi minha Juliana aos beijos dentro de um carro com um bonitão, eles pareciam tão apaixonados, me senti humilhado, minha vida acabara ali... Nunca mais pus a cara no trabalho, não tinha estudo, mal sabia escrever meu nome, o que eu poderia ser na vida a não ser um bandido?
Continua...

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